Arquivo para outubro, 2011

Praça do Japão

Curitiba como todos sabem, são várias Estações do tempo no mesmo dia, nessa ocasião amanheceu com aquele céu azul, meio dia já tava frio, a tarde nublado e eis que exatamente na hora que tinha programado de fotografar… CHUVA,  mais CHUVA, e… tome CHUVA!!!

Eu precisava fazer urgente um trabalho de registro sobre a Cidade, alguma paisagem, algo que falasse ou representasse visualmente Curitiba,  e sem poder escolher tanto,  resolvi tirar proveito da situação e fazer algo mais artístico com um ar poético.

O volume de água era enorme, uma chuva muito forte, era final da tarde e percebi uma luz misteriosa provocando alguns reflexos suaves no asfalto molhado. Eu estava num lugar sem graça, então dei mais alguns passos a frente, subi numa ladeira e descortinou ao fundo a Praça do Japão.

Cenário aprovado, mas faltava algo para enriquecer mais a cena, fiquei ali debaixo do guarda chuvas, máquina no tripé, esperando acontecer algo do tipo passar uma pessoa ou acontecer alguma coisa interessante, podia ser até uma briga que ia gostar, rs

Após uns 15 minutos debaixo dágua vi um ônibus de longe se aproximar, fiz a fotometria da máquina e quando o ônibus saia da cena no meu enquadramento fiz o clic.
E aí está o resultado!


Copo furado

Geralmente quando chegamos no bar com aquela sede de deserto pedimos uma BEM gelada, e se realmente vier nesse nível (a famosa cú de foca), devoramos o líquido numa golada só até a garganta arder, aí sim, matamos a sede e nesse momento logo se aplica a famosa expressão de bar: O COPO TAVA FURADO!!!

Aqui, por incrível que pareça, depois de tantas horas de vôos em bares, acontece comigo o inusitado. Pedi uma cerveja numa birosca qualquer no Rio de Janeiro, coloquei o líquido no copo e logo tocou meu celular, coloquei o precioso na mesa para atender e quando o trouxe a boca, percebi que minha camisa e minha calça estavam molhando, sem entender, girei o copo  veio a surpresa!!!

Meu copo estava LITERALMENTE FURADO ( tinha uma trincada na lateral), foi o momento mais engraçado que vivi, e a galera veio a loucura, todos os presentes caíram na gargalhada. Até o dono do bar se assustou, pediu desculpas, trocou o objeto por outro e disse que aquele ficaria na estante como memória do seu bar. Um dia volto lá pra rever meu copinho e vou querer beber o primeiro gole NELE novamente.

Obs: Foto feita com máquina compacta (valor único de registro).


Pelo sinal da Cruz






Estava de férias e numa manhã qualquer, fui acordado por uma luz suave que proporcionava no céu um tom azul “Bahia”, sai cedo, sem destino e sem tema específico para fotografar. A cidade estava em reformas se preparando para sua grande festa anual (Lavagem) e a praça principal, toda cercada por tábuas altas que nos impediam de olhar o que fosse, assim como, dificultavam entrar no espaço interno das obras.

Naquela manhã por sorte, o portão de entrada estava entreaberto e percebi alí minha única chance de fazer alguns registros, por ser um fato histórico para a cidade do qual eu só queria um arquivo pessoal, aquelas maluquices de fotógrafo que as pessoas nunca entendem.

Entrei e comecei a clicar, em poucos minutos fui abordado por um mulato, nada simpático tampouco educado, com palavras ásperas dizendo que eu não poderia estar alí, discutimos um pouco, mas como já tinha feito alguma coisa interessante, concordei em sair e percebi um vulto dele me acompanhando.

Ao chegar no portão, deparei com cena forte de um trabalhador apresentando sintomas de cansaço, exaustão e que para descançar um pouco, debruçou-se numas madeiras que tinham forma de cruz e de brinde um pano de fundo decorado pela Matriz de Nossa Senhora da Purificação.

 Sem pensar muito em fração de segundos, mesmo vigiado e contrariando o cidadão, saquei a câmera , busquei o ângulo e… Pronto!!! Sai sorrindo!

A Fotografia foi feita em janeiro de 2011, Santo Amaro da Purificação-Ba,  e como tantas outras que postarei a seguir, merecia a sua narrativa e destaque para abrir esse blog onde, além dela contarei outras histórias interessantes do nascimento de imagens.

Meses depois esse registro ganhou Prêmio de melhor fotografia Documental no Paraná na Cidade de Curitiba em julho de 2011 e também virou cartão postal ‘a venda naquela Cidade.