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Com muita honra

Merecidamente um mago das cores, o fotógrafo Walter Firmo, recebeu uma linda homenagem celebrando seus 50 anos de carreira, através da Escola Profissional de Fotografia Portfolio, onde promoveu um belo Evento/Exposição intitulado Cores do Brasil.

Entre inúmeros profissionais que se inscreveram apenas 20 fotógrafos participantes foram selecionados e com muita honra, meu trabalho foi escolhido pela comissão julgadora participando com 02 fotografias.

Como o objetivo desse blog é falar sobre o processo criativo das imagens, registro aqui mais uma vez a metodologia ou a memória das imagens acima citadas.

A foto de cima foi capturada numa praia no interior da bahia a uns 5 anos atrás, quando na ocasião eu gozava de férias pelo Brasil e a fotografia já veio pronta caminhando em minha direção; a outra imagem fiz em 2011, bem por acaso, no evento Paraty em Foco andando pela cidade.

Imagens da Exposição coletiva Cores do Brasil em homenagem ao fotógrafo Walter Firmo junho/julho 2012. ©Itamar Crispim, todos os dereitos reservados. Vide – http://www.escolaportfolio.com.br/v2/exposicoes_fotograficas_a_cor_do_brasil.php

Prêmio 3 Top Etanol de Fotografia – Doce Bahia

No final de 2011 ao abrir minha caixa de e-mails, havia uma série de mensagem entre elas aqueles spans que na maioria deles só vem besteiras, porém uma delas me chamou atenção porque se tratava de algo relacionado a fotografia, então resolvi abrir e alí estava algo sobre um concurso nacional de fotografia como tema 3 Top Etanol de Fotografia.

A princípio não ia participar pois, por saber que era algo de nível profissional, eu não teria tempo para produzir um material competitivo. Desisti na hora embora com idéias mirabolantes de criar algo em postos de gasolina ou coisas do gênero mas bateu aquela preguiça e deixei quieto.

Quase um mês depois, já nas vésperas de fechar a data de inscrição, precisei fazer back-up e transferir alguns arquivos para um novo HD externo e de surpresa, me deparei com algumas imagens que havia feito em Salvador a 2 anos atrás, sendo imagens que se associavam exatamente ao assunto em questão.

Voltei a ler as instruções do concurso para certificar sobre o tema, e então fiz os procedimentos de envio conseguindo me inscrever a tempo com 03 fotografias distintas.

E agora divido aqui com vocês o resultado final, pois uma das imagens foi classificada e premiada nesse conceituado concurso.

E lá vou eu, seguindo para Brasília no final de maio, com tudo pago pela organização, para receber menções honrosas, premio etc. e tal.

Putz se não fosse o span e aquele back-up heim? Rs

Premiada no Concurso Nacional 3 Top Etanol 2012, entregando o Prêmio Josê Olivério, vice presidente de tecnologia e desenvolvimento da DEDINI. Vide – http://www.projetoagora.com.br/documentos.php

Titulo: Doce Bahia, autoria ©Itamar Crispim, Todos os direitos reservados.

Fotografia feita em Salvador-Ba, Lavagem do Bonfim, Janeiro 2011.

O cometa Naná passou por aqui!


Foi assim:

Na semana pós-carnaval apertando controle da TV nas madrugadas, vi o Naná Vasconcelos dando uma entrevista em Recife, eu já gostava do trabalho dele desde dos anos 80, quando escutei pela primeira vez ao comprar seu disco, mas passei a gostar mais ainda por sentir nessa matéria a simplicidade e carisma da sua pessoa.

Uma semana depois disso por coincidência, fui ao Centro de Curitiba resolver um assunto pessoal e passando pela rua vi um pôster anunciando o show dele na Cidade, corri e comprei na hora. E para minha felicidade no dia do primeiro show meu celular tocou no final da tarde, era o contratante  me chamando para cobrir.

Divulguei o show aos 4 cantos, porque vi uma oportunidade ÚNICA para que as pessoas se presenteassem com tamanha arte, genialidade e prazer de escutar música de verdade. No mesmo tempo fiquei triste em alguns casos, onde ao comentar sobre o show, via estampado em algumas caras olhares perdidos, risadas amarelas sem graça, denunciando que não conheciam a obra do Naná.

Isso demonstra nitidamente a falha da nossa mídia em sua missão de saber filtrar o joio do trigo NÃO se prostituindo pelo mercado descartável, e o quanto nosso Governo e povo brasileiro precisam se alimentar de BOA cultura para saberem dar valor as verdadeiras pratas da casa, artistas e personalidades como o Naná entre tantos outros, com carreiras brilhantes lá fora, ovacionados pelo MUNDO inteiro, mas quando tocam no Brasil, na própria casa, apenas grupos seletos sabem dos seus valores.

Acooooorda Brasil… Ai se eu te pego!!!!

Alerta geral!

Quando avistei essa “arara azul” subtamente apontei a máquina com maior medo dela ir embora, enquanto fotometrava o equipamento percebi pelo visor que não era real. Sim, era uma escultura de madeira que o dono daquela casa ao lado tinha colocado em seu quintal para enfeite.

Dai pensei… Bem, essa cena pode ser uma premunição do futuro para que, se não cuidarmos mais do Ecossistema existirão apenas animais em esculturas (como essa ave) compondo a natureza!!!

 
Caieira da Barra do Sul – SC – Brasil, 01 janeiro 2012
Veja mais: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150576675957059.443557.761177058&type=3

Pássaro de aço

Num certo voo chegando na Bahia (sentado na janela), eu tava naquela de apreciar o desenho das nuvens, não pensar em nada e só viajar na maionese, meio dormindo e meio acordado, típica preguiça de baiano.

Eis que, ao anunciar que iríamos pousar o avião iniciou uma manobra em curva para esquerda, enquanto ainda girava para se posicionar na pista, num certo ângulo o céu desapareceu e a paisagem se transformou em casarios pois sobrevoávamos a poucos metros do chão.

Era uma tarde bonita, céu limpo com aquele sol “Bahia”, que descortinou um visual lindo da sombra do avião rastejando sinuosa sobre as casas como se estivesse lambendo as mesmas.

Bem o resultado disso vocês já sabem ne, câmera na mão sem perder tempo e… CLIC!!!

Fotografia premiada no IV Concurso Fotográfico de Engenharia no Brasil, promovido pelo Instituto de Engenharia do Parana – IEP, 09 de Dezembro de 2011. Titulo: Pássaro de aço, Autor – Itamar Crispim

As aparências enganam!

Eu estava num vilarejo de praia no recôncavo da Bahia, terminando um ensaio autoral sobre Religiosidades que havia iniciado na noite anterior num terreiro de Candomblé. Tratava-se de um evento de despedida de uma mãe de santo idosa, que terminaria nessa praia junto com a entrega das oferendas a Yemanjá.

Finalizada a cobertura ao meio dia, permaneci no vilarejo para almoçar e curtir o povo local entre cervejinhas geladas e frutos do mar, já que estava de férias e de carona (não dirigindo) importante ne!

Certo momento, avistei de longe vindo da orla, uma pessoa com um visual diferente transportando uma caixa de isopor num carrinho de mão. Era um vendedor de picolé travestido, ele vinha em minha direção e mais de perto percebi que sua indumentária era feminina (saia, blusa decotada c sutien), porém, não combinava com seus trejeitos masculinos, onde eu imaginava que deveriam ser mais afeminados.

Garanti uns disparos de longe assim que vi a cena, usando uma 300mm,  com medo de ser reprimido numa área onde eu era vulnerável e tive a idéia de comprar um sorvete com o disfarce de estabelecer uma relação mais confortável com o cidadão.

Durante a compra conversamos bastante, rimos e pedi permissão de fazer umas imagens de perto, depois já amigos, pedi explicação sobre seu visual e ele muito simpático e risonho me relatou sua vida toda.

Era casado, pai de 3 filhos, e que sua própria esposa criou a idéia de travesti-lo com suas roupas, para que ele chamasse mais atenção dos turistas e assim, aumentasse suas vendas, rassalta que ela própria o maquiava e escolhia os figurinhos de cada dia e que os mesmos raramente se repetiam.

Fotografia selecionada no Concurso Nacional de Fotografia do Centro Europeu, sobre o tema: Ditados Populatres em Curitiba Novembro 2011.

Imagem capturada na praia de ITAPEMA – Recôncavo baiano, Sto Amaro –Ba em janeiro de 2011.

Título da foto: As aparências enganam!

 

Praça do Japão

Curitiba como todos sabem, são várias Estações do tempo no mesmo dia, nessa ocasião amanheceu com aquele céu azul, meio dia já tava frio, a tarde nublado e eis que exatamente na hora que tinha programado de fotografar… CHUVA,  mais CHUVA, e… tome CHUVA!!!

Eu precisava fazer urgente um trabalho de registro sobre a Cidade, alguma paisagem, algo que falasse ou representasse visualmente Curitiba,  e sem poder escolher tanto,  resolvi tirar proveito da situação e fazer algo mais artístico com um ar poético.

O volume de água era enorme, uma chuva muito forte, era final da tarde e percebi uma luz misteriosa provocando alguns reflexos suaves no asfalto molhado. Eu estava num lugar sem graça, então dei mais alguns passos a frente, subi numa ladeira e descortinou ao fundo a Praça do Japão.

Cenário aprovado, mas faltava algo para enriquecer mais a cena, fiquei ali debaixo do guarda chuvas, máquina no tripé, esperando acontecer algo do tipo passar uma pessoa ou acontecer alguma coisa interessante, podia ser até uma briga que ia gostar, rs

Após uns 15 minutos debaixo dágua vi um ônibus de longe se aproximar, fiz a fotometria da máquina e quando o ônibus saia da cena no meu enquadramento fiz o clic.
E aí está o resultado!

Copo furado

Geralmente quando chegamos no bar com aquela sede de deserto pedimos uma BEM gelada, e se realmente vier nesse nível (a famosa cú de foca), devoramos o líquido numa golada só até a garganta arder, aí sim, matamos a sede e nesse momento logo se aplica a famosa expressão de bar: O COPO TAVA FURADO!!!

Aqui, por incrível que pareça, depois de tantas horas de vôos em bares, acontece comigo o inusitado. Pedi uma cerveja numa birosca qualquer no Rio de Janeiro, coloquei o líquido no copo e logo tocou meu celular, coloquei o precioso na mesa para atender e quando o trouxe a boca, percebi que minha camisa e minha calça estavam molhando, sem entender, girei o copo  veio a surpresa!!!

Meu copo estava LITERALMENTE FURADO ( tinha uma trincada na lateral), foi o momento mais engraçado que vivi, e a galera veio a loucura, todos os presentes caíram na gargalhada. Até o dono do bar se assustou, pediu desculpas, trocou o objeto por outro e disse que aquele ficaria na estante como memória do seu bar. Um dia volto lá pra rever meu copinho e vou querer beber o primeiro gole NELE novamente.

Obs: Foto feita com máquina compacta (valor único de registro).

Pelo sinal da Cruz






Estava de férias e numa manhã qualquer, fui acordado por uma luz suave que proporcionava no céu um tom azul “Bahia”, sai cedo, sem destino e sem tema específico para fotografar. A cidade estava em reformas se preparando para sua grande festa anual (Lavagem) e a praça principal, toda cercada por tábuas altas que nos impediam de olhar o que fosse, assim como, dificultavam entrar no espaço interno das obras.

Naquela manhã por sorte, o portão de entrada estava entreaberto e percebi alí minha única chance de fazer alguns registros, por ser um fato histórico para a cidade do qual eu só queria um arquivo pessoal, aquelas maluquices de fotógrafo que as pessoas nunca entendem.

Entrei e comecei a clicar, em poucos minutos fui abordado por um mulato, nada simpático tampouco educado, com palavras ásperas dizendo que eu não poderia estar alí, discutimos um pouco, mas como já tinha feito alguma coisa interessante, concordei em sair e percebi um vulto dele me acompanhando.

Ao chegar no portão, deparei com cena forte de um trabalhador apresentando sintomas de cansaço, exaustão e que para descançar um pouco, debruçou-se numas madeiras que tinham forma de cruz e de brinde um pano de fundo decorado pela Matriz de Nossa Senhora da Purificação.

 Sem pensar muito em fração de segundos, mesmo vigiado e contrariando o cidadão, saquei a câmera , busquei o ângulo e… Pronto!!! Sai sorrindo!

A Fotografia foi feita em janeiro de 2011, Santo Amaro da Purificação-Ba,  e como tantas outras que postarei a seguir, merecia a sua narrativa e destaque para abrir esse blog onde, além dela contarei outras histórias interessantes do nascimento de imagens.

Meses depois esse registro ganhou Prêmio de melhor fotografia Documental no Paraná na Cidade de Curitiba em julho de 2011 e também virou cartão postal ‘a venda naquela Cidade.